Saudade Roxa

Naquele momento, a menina sentiu-se diferente, e sem saber como e quando aquilo havia acontecido, procurava entender. As coisas pareciam diferentes, assustadoramente melhores. Ela via tudo o que sempre viu, mas agora de uma outra forma. E saiu, querendo ver tudo o quanto pudesse. Queria ver o mundo. Sim! Era a felicidade que havia chegado - dizia a si mesma.
Tudo parecia exageradamente mais belo. E se perguntava se era tudo aquilo que a deixava daquela forma ou era ela que deixava as coisas assim.
Mas com o passar do tempo, passou a sentir-se sufocada, e acreditou que era feliz demais, poderia estar sofrendo de excesso de felicidade, existe isso? - perguntava.
Percebeu então que ninguém é feliz sozinho e que havia sido egoísta demais para perceber isso. Resolveu então, distribuir um pouco daquela felicidade toda, colocá-la em movimento.
E o que ela sempre dizia era que, a felicidade é um vai e vem de dentro para fora e de fora para dentro, e que em algum momento ela havia ido parar dentro dela e desde então só havia crescido. E que neste ciclo, cada um poderia fazer a sua parte, uns menos outros mais, mas estavam todos ligados, através da linha da felicidade.



a vida é bela e a girafa amarela!