(...) que leve para longe da minha boca esse gosto podre de fracasso,de derrota sem nobreza, não tem jeito, companheiro,nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum, ninguém dá mais carona e a noite já vem chegando.
A chave gira na porta. Preciso me apoiar contra a parede para não cair. Atrás da madeira, misturada ao piano e à voz rouca de Angela,nem que eu rastejasse até o Leblon, consigo ouvi-la repetindo que tudo vai bem, tudo continua bem, tudo muito bem, tudo bem. Axé, axé, axé! eu digo e insisto,até o elevador chegar. Axé, odara!
[Caio F, Morangos Mofados, pág 29 ]
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17.11.11
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