"Algumas atravessam o lago voando na superfície, tão rasteiras no seu vôo que os pés vão roçando as águas, deixando atrás de si um leve sulco que logo desaparece. Mas outras fazem a travessia no fundo do lago: submergem completamente para só ressurgirem na outra margem. Então soltam gritos, as asas pesadas de lodo, arrastando ainda nos pés restos de plantas aquáticas. Eu olhava para as marrecas que escolhiam o fundo."
Lygia Fagundes Telles
Um comentário:
procurava esse poema e achei no seu blog
gostei de tudo por aqui
bj
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