9.6.09

Zé: Vortô pra ficá, né?
Maria: Não, achu qui minha sina é sempre caminhá
Zé: Tu carece é di criar raíz minina
Maria: Num fala assim Zé, eu sinto qui andei, andei, andei e num cheguei a lurgá nenhum, sinto qui um tanto di coisa eu perdi e um tanto di coisa eu num consegui achá... Vivê é assim mermo Zé? Essa coisa doida qui muda sempre? A separação di quem a gente quer? Andança sem pará Zé? Parece tudo sonho. Vivê é isso Zé? E o amô Zé, quando é di verdade? E filicidade Zé, quando é de verdade?
Zé: Ói, a filicidade é o contrai do amô né? A filicidade...
Maria: E na vida Zé, o que vem dipois da morte?
Zé: Num sei. A gente só sabi perguntá, num sabe responder não
Maria: Acho que meu distino é sempre fazer o caminho di vorta. Adeus Zé!
Zé: Mas será pussivi minina qui nossa sina seja sempre si dispidi
Maria: É não Zé! Nossa sina é sempre si incontrá.
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Hoje é dia de Maria
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4 comentários:

Anônimo disse...

Lindoo! Puro demais :) Belo *-*

renata penna disse...

lembrei Caio:
'natural é as pessoas se encontrarem e se perderem'.

Unknown disse...

Adorei seu espaço. O lance mais bacana do blog é ter a oportunidade de conhecer as pessoas primeiramente pelo avesso, antes de olhar o rosto delas. Se depois vem a casca, a luz interna já banhou os olhos!
Vc é sensibilidade!
Abração

Lucas Lima disse...

nossa muito bom, de uma sensibilidade pura, rsrs, adoro "poesias" assim, rs
Boa semana